Não vá ainda


Por Juliana Ramiro

“Por favor não vá ainda
Espera anoitecer
A noite é linda
Me espera adormecer
Não vá ainda
Não, não vá ainda…
Me diga como você pode
Viver indo embora
Sem se despedaçar
Por favor me diga agora
Ou será!
Que você nem quer perceber?
Talvez você
Seja feliz sem saber…”

Pedi e ele tocou. Essa música mexe comigo. Fato. Não é que a música me lembre alguém, é mais que isso. A letra, lindamente interpretada pela Zélia Duncan, ou por quem quer que seja, mexe com meus sentimentos. Até alguns que nunca tive, mas que sei senti-los.

Toda vez que ouço o trecho que selecionei para começar este post, nasce em mim um desespero, um tom de suplica. Ok, pode parecer louco da minha parte, mas gosto de sentir essas coisas, ainda mais através de uma canção, que acaba e leva com ela todo o significado, devolvendo meu sossego.

“Me dica como você pode viver indo embora?”. Como alguém pode viver indo embora, deixando para trás alguém que implora pela sua presença, nem que seja só até o adormecer? Como? Consigo compor essa cena. Um dos personagem, claro, em pranto, com as duas mãos amassando o próprio peito, dispara a frase enquanto o outro corre, fugindo de pensar sobre o que escuta.

Maaaaassss….de toda a letra, em todas as interpretações, a parta que sempre fica comigo, nos meus pensamentos é: “Talvez você seja feliz sem saber”. Será?.

“Quero o que não se pode explicar aos normais”

Por Juliana Ramiro

“Sobre o amor e o desamor, sobre a paixão
Sobre ficar, sobre desejar, como saber te amar?
Sobre querer, sobre entender, sem esquecer
Sobre a verdade e a ilusão
Quem afinal é você?
Quem de nós vai mostrar realmente o que quer?
Um coração nesse furacão, ilhado onde estiver.
O meu querer é complicado demais,
Quero o que não se pode explicar aos normais.” (Catedral)

A música que é composta pelo trecho acima é do Catedral, uma banda que descobri há alguns anos e, num primeiro momento, achei que fosse a Legião Urbana. O cantor do Catedral tem a voz muito parecida com a do Renato Russo. Bom, mas não é pra falar de semelhança vocal que volto a escrever no meu blog, após alguns meses de abandono. Venho divagar sobre o significado desta canção.

Começo pelo final. A frase “Quero o que não se pode explicar aos normais” é um resumo de mim. Muitas e muitas vezes já fui julgada por uma certa postura ou decisão e tentei uma defesa, em vão. Em todas essas vezes, penso nesta frase. O que pra mim parece certo, e óbvio, para alguns é algo inconsebível e inexplicável.

Além desta frase, o restante do trecho também tem minha admiração. O despejo de tantos temas – “sobre o amor, desamor, paixão, ficar, desejar, querer, esquecer” – sem respostas, trazem-me uma certa tranquilidade.

Algumas pessoas parecem tão certas de quem amam, e quem desejam, e quando é amor, quando é paixão, que chego a ficar constrangida por não ter nada disso tão claro. Acho tais assuntos complexos e tão incostantes quanto uma criança num quarto cheio de brinquedos. Ora um carrinho é o dono da vez, ora um boneco, ora um videogame.

Já estou com 22 anos e sigo como essa criança, e a vida é meu quarto de brinquedos. Tento ficar tranquila com minha condição, no entanto, as vezes, encontro pessoas no caminho que me cobram um amadurecimento e uma postura decisória e objetiva que me falta. Falta-me a postura e o como chegar nela. Alguém sabe onde encontro este tutorial???

 .

Depoimento para um grande amigo…

fa

Por Juliana Ramiro – 14/07/10

O Fá me conhece tanto que parece que nasci amiga dele. Como sempre me diz, ele é uma espécie de pai pra mim, daqueles que sabem o que é melhor pro filho e ficam torcendo pelo sucesso do piá. Ele é meu companheiro de comilanças, e o autor da maionese que mais amo. É, também, a minha dupla invicta em qualquer jogo – a gente nunca perde -, e minha dupla em transmissão de pensamentos. O Fá é o meu amigo pra TUDO. Falando apressadinho, um pouco desafinado, num tom conselheiro, ele sempre me ajuda, seja pra salvar uma piscina verde ou me salvar de mim mesma. Ele é o MEU “…”, o meu orgulho, o meu “ora ora” e daqui pra frente, uma das minhas maiores fontes de saudade.

“E voe por todo mar e volta aqui pro meu peito”

Ass. Chun-li chorrrrando.