Por Juliana Ramiro
Eu quisera entender teus códigos
E reconhecer teus limites
Eu quisera não precisar das tuas palavras
E, por vezes, saber não ouvi-las
E, por vezes, saber não ouvi-las
Quisera receber-te de forma incondicional
E saber me respeitar um pouco menos
E saber me respeitar um pouco menos
Eu quisera trair a mim
E proteger o que é nosso
Eu quisera que tivéssemos nascido um
Ou que não morrêssemos por ser dois
Ou que não morrêssemos por ser dois
Eu quisera pensar no teu melhor
E que conhecesses o meu
E que conhecesses o meu
Eu quisera padronizar minhas emoções
E me entregar de jeito óbvio
E me entregar de jeito óbvio
Eu quisera peneirar meus sentimentos
E transbordar só o que te agrada
E transbordar só o que te agrada
Eu quisera não ser eu
E quisera não te ver partir
E quisera não te ver partir
“O inverno vai passar, e apaga a cicatriz”