Por Juliana Ramiro
Antes de mais nada digo: ISSO É BOM. Não quero que pensem que meu texto é um desabafo de infelicidade, de nostalgia dos meus tempos sentimentalmente perturbadores e perturbados. Estou feliz. Estou leve. Estou em paz. Vivo a maturidade no amor e a adolescência profissional.
Não é que tenha deixado o amor de lado, nem que tenha regredido no trabalho. O amor tem um ar de naturalidade, os acontecimentos e a leveza dos gestos não me dão preocupação; e no trabalho estou arriscando, criando, sonhando como nunca. No amor estou no ninho, em pleno pouso, deixando as asas disponíveis para conhecer novos campos, experimentar novos tempos, cursar por caminhos sem tempo, ser um pouco mais jornalista, um pouco mais web, um pouco mais áudio, um pouco mais gráfica, um pouco mais foto, um pouco mais empreendedora, um pouco mais profissional, um todo mais eu.
Na vida sem tempo sobram sonhos e passos. No amor sobra certeza. E eu, que sempre fui avessa ao ninho, à tranquilidade, aprendi que na vida, estar em movimento é importante, contudo, num dia de chuva, como hoje, o que conta mesmo é ter um apaixonante abrigo para estar..