Resistamos

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Faço oposição ao (des)governo Sartori desde que o PMDB lançou sua candidatura fingindo ser o partido do Rio Grande. Partido de centro, centro-direita, centro-esquerda, centro-melancia, como o PMDB e outros, nunca será partido de Estado algum, pois é justamente contra o Estado que está sua ideologia. A saída desses partidos para buscar o desenvolvimento econômico, e é sempre o “desenvolvimentismo” que a eles interessa, é a defesa de um Estado mínimo, isto é, um Estado que minimamente participa da “vida das pessoas”. Um Estado que terceiriza saúde, educação, cultura, informação, estradas, segurança e tudo mais que for para TODOS e que sirva de saída para justificar e manter seus investimentos no financiamento de ALGUNS. Alguns que, historicamente, tem o poder em suas mãos, validados pelos governos que citei acima, que, por sua vez, ficam esperando esses ALGUNS acumularem muito dinheiro para espontaneamente distribuírem renda e, assim, vivermos (num futuro que nunca chega) num país mais igual. A igualdade deles não é a igualdade que a gente sonha, que a gente luta. Não se iludam!

DITO ISSO, já era visto que o Sartori do PMDB, que se elegeu no RS com o apoio do PSDB, PP, DEM, “centros” e direitosos todos, iria encontrar como saída da crise: o parcelamento de salários dos servidores, que justificaria as privatizações, que ideologicamente coadunam com a visão de mundo neoliberal desses caras. Visão essa, só para lembrar, que fracassou em boa parte do mundo e que matou, mata e seguirá matando gente de fome.

O anúncio do pacote de medidas desse (des)governo, que pauta o fim da TVE, da FM Cultura e de outras fundações importantes na história e na formação cultural/informativa do nosso povo, para mim, também fala sobre um tipo de fome. E você, tem fome de que?

Por fim, desaprovo as tags #ResisteTVE #ResisteFMCultura pois não são as “distantes” entidades que precisam resistir e sim NÓS. Nós votamos, nós lutamos, nós mudamos as coisas. Enquanto não envolvermos a NOSSA pessoa na história, vamos seguir fazendo bobagem nas urnas e depois nos colocando na platéia do show de horrores que nós validamos de 2 em 2 anos.

Assim, RESISTAMOS, na 1ª pessoa do plural do imperativo afirmativo.

(Foto tirada quando participei do Estação Cultura, falando sobre o livro Somos todas. Somos uma: formas de pensar a mulher na sociedade brasileira.)